quinta-feira, 23 de julho de 2009

Show, culto ou culto-show???


Quando as pessoas batem palmas num culto é por que acharam bonita e emocionante a apresentação da música, como num show ou por que querem manifestar diante de Deus um estado de alegria, de adoração?

Por causa de minha atividade tenho visitado diversas igrejas e em diversos lugares, a situação parece estar generalizada. Palmas, ovações, gritos, etc. É só um músico dar um acorde mais evoluído, mais emocionante, para que todos aplaudam no culto das igrejas. Outro dia estava num culto onde iria pregar e assisti tudo isso. Confesso que, em certos momentos, eu não sabia se estava num show popular ou se num culto. É claro que podemos entender o fenômeno por diversos ângulos. Aqui segue uma maneira de encarar a situação.

Não estou aqui querendo reclamar de nosso espírito festivo como brasileiros, nem conclamar discussão sobre os Salmos que mencionam bater palmas no culto, mas me preocupa sempre a busca dos significados mais profundos do que fazemos, especialmente no culto. Esses dias falei com meus amigos sobre isso, mencionando que tem sido histórico o pregador pedir ao público para ficar de pé no momento da leitura da Bíblia e o argumento é que é uma reverência a Deus. Indaguei aos meus amigos que se estaremos ouvindo a Palavra de Deus - JEOVÁ - devemos ficar de pé como sinal de prontidão para ouvir Deus falar. Estes são os significados simbólicos por trás destes atos.

Quando as pessoas batem palmas num culto é por que acharam bonita e emocionante a apresentação da música, como num show ou por que querem manifestar diante de Deus um estado de alegria, de adoração?

Você pode estar pensando que sou impertinente, mas minha preocupação é que tenhamos consciência mais precisa do que fazemos, especialmente naquele ato significativo em que estaremos adorando ao nosso Deus, Criador e Salvador. Isso tudo para evitarmos cair no que o profeta Isaías advertiu: “... este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor.”

Em outras palavras, o culto se tornou um ritual, pois era somente rotineiro. As pessoas já não sabiam mais o significado das coisas. E, pior ainda, a vida delas já não representava mais aquele ato de culto, eram como sepulcros caiados.

A adoração deve ser fruto de uma vida consagrada, limpa, amorosa e não um mero ritual, um culto-show emocionante e fantástico.


Conferencista Douglas Hermes

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